quarta-feira, 13 de abril de 2011

Uma Ideia Luminosa!

     Todos nós sabemos que gênios da lâmpada não existem, não é mesmo?  Pois é, mas no caso do mais célebre inventor de todos os tempos Thomas Alva Edison somos obrigados a repensar essa hipótese; analizando-a sob outros ângulos. Segundo uma matéria da revista Superinteressante que descreve (de uma maneira um pouco cansativa) a vida do inventor e suas principais contribuições para a humanidade, ele só poderia ser considerado um gênio: "O gênio da lâmpada".  
     Quando garoto, Thomas, não pôde frequentar a escola já que era considerado inquieto e curioso demais aos olhos dos professores. A tarefa de educá-lo coube então à sua mãe. Ex-professora e consciente de que o filho era rejeitado pela escola, Nancy, passou a cercar Thomas de livros, a partir dos quais ele começou a realizar experiências em um laboratório (montado em sua própria casa). Mais tarde, com as dificuldades enfrentadas por sua  família e a mudança para as proximidades da fronteira canadense, Al (como era chamado pela mãe) começou a trabalhar em um trem diário, onde além de vender frutas e doces e a edição vespertina do Free Press (o principal jornal de Detroit); sobrava tempo para ler e para realizar experiências no laboratório que ele tinha montado no bagageiro do trem. Com o dinheiro que ganhava, Thomas passou a publicar semanalmente avisos e fofocas, os quais ele escrevia dentro do próprio trem e chamou de "Arauto Semanal".
     Após ter sido expulso do trem, devido à um incêndio provocado pelo vazamento de frascos no laboratório, Thomas passou a aprender e praticar tipografia nos EUA, revelando-se um operador de primeira. Por volta dos vinte e um anos viajaria para o Brasil, mas acabara desistindo da viagem devido ao atraso do navio que o levaria. É, literalmente o Brasil chegou atrasado e não teve a honra de receber em suas terras este fascinante inventor.
     Por esta época, Thomas compra, dois volumes de Pesquisas Experimentais de Eletricidade, que demonstram como a energia mecânica pode se converter em eletricidade. A partir daí, segundo ele era a "hora de arregaçar as mangas"; e assim o fez. Desenvolveu uma máquina de votar e apresentou-a ao Congresso dos EUA, mas o projeto não interessou aos políticos, decepcionando Edison e fazendo-o tomar a decisão de ir para Nova York. Sem dinheiro e alimentando-se basicamente de café e pastel de maçã; o que realmente fez este esforço valer a pena foi uma questão de sorte, ele estava no lugar certo e na hora certa. Quando a máquina que transmitia as cotações do ouro na bolsa de valores havia quebrado, Edison consertou-a rapidamente e foi recompensado com um emprego na companhia responsável pela divulgação das cotações. Assim ele pôde desenvolver, o já idealizado teletipo para registrar automaticamente em papel as cotações das ações na Bolsa. 
       Em 1876, construiu o primeiro laboratório não universitário de pesquisas industriais que se tem notícia, onde trabalhava de igual para igual com qualquer um de seus empregados. No Natal de 1871 teve seu primeiro casamento, com uma jovem que trabalhava  no Menlo Park, com a qual teve três filhos. Um ano e meio após a morte de Mary, Thomas casa-se novamente com Mina Miller e com esta tem também três filhos, dois meninos e uma menina. Podemos considerar negativo o fato que, mesmo se relacionando bem com a família, esta sempre ficara em segundo plano para Edison; que não trocava seus experimentos por nada, inclusive após a morte de sua primeira mulher definiu-se como estranho perante aos filhos.
   Anos mais tarde, com a invenção do telefone, Edison pôs-se a aperfeiçoar o aparelho, até conseguir utilizar (ainda hoje) o transmissor a base de carbono. Ainda não satisfeito, investiu na ideia de que o som poderia ser conduzido por impulsos elétricos e mais, que ele poderia ser gravado e ouvido. A partir destas conclusões ele próprio pôde inaugurar o fonógrafo, esta "máquina de falar" que tornou-o celebridade aos 31 anos e assim continuaria sendo até o final de sua vida e consagrando-o a cada novo invento.
     E por falar em novo invento, chegamos a uma fase determinante para o desenvolvimento da humanidade, onde as velas e lampiões a gás foram trocados por nada mais, nada menos que a lâmpada elétrica. Durante mais de um ano Thomas e seus assistentes trabalharam nesta invenção que era, aparentemente, tão simples. Mas a maior dificuldade encontrada por eles foi a de descobrir um material que não queimasse, para compor o filamento da lâmpada elétrica e depois de testes e mais testes, chegaram ao fio de algodão carbonizado. Aos 21 de outubro de 1879 a lâmpada acendeu-se por 45 horas seguidas, Edison chamou a imprensa para registrar tal descoberta e, a partir deste momento, passou a ser o homem mais admirado do mundo. Faltava criar um sistema transmissor e gerador de eletricidade, no qual Edison perdeu um bom tempo teimando e tentando demonstrar (inclusive eletrocutando animais) que a utilização da corrente com elétrons em diferentes direções era muito perigosa; e ele só aceitou tal ideia depois que este sistema fora adotado em toda a parte.
     Uma de suas das últimas contribuições para a humanidade, foi o projetor de cinema. Uma caixa de madeira com um filme de imagens, acionado por uma manivela. Depois de tantas contribuições e uma vida repleta de conhecimento e persistência,  aos 84 anos de idade Thomas Alva Edison nos deixou. Contudo, seus inventos e o reconhecimento conquistado por ele, serão eternos na história da humanidade. No dia de seu enterro todas as luzes dos EUA foram desligadas por um minuto. Um minuto de homenagem e gratidão a quem praticamente, deu a vida para o avanço da humanidade. Aquele que viveu para inventar.

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