Por volta do século XIX, onde a comunicação entre as regiões brasileiras era escassa, a região Oeste do Brasil ainda era tida como isolada das demais regiões e fronteiras latinas. Neste contexto e após a enorme difusão do telégrafo, criado no século XVIII com o objetivo de transmitir informações (através de códigos), de maneira segura e para longas distâncias; o governo republicano decidiu implantar uma linha telegráfica na região Centro-Oeste do Brasil, que ligaria Mato Grosso a Goiás. Quem foi convocado para fazer parte da Comissão de Construção de tal obra foi o chefe do Distrito Telegráfico do Mato Grosso; o Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon.
Rondon nasceu em 5 de maio de 1865 em MT, havia herdado de seus bisavós a descendência indígena e dedicou-se muito às escolas militares. Agora lhe fora dada a tarefa de abrir caminhos para a comunicação; e ele o fez. Desbravando terras, lançando linhas telegráficas e mapeando terrenos; desempenhou um papel muito importante na construção de linhas telegráficas por vários estados brasileiros. Ele dirigiu a construção da linha entre Cuiabá e Corumbá, alcançando as fronteiras paraguaias e bolivianas, mas isso só era o começo.
Para se ter uma ideia de sua contribuição, foi o responsável por liderar a construção da primeira linha a passar pela região Amazônica, com a comissão que teve o seu próprio nome, a Comissão Rondon. Com esta, ele construiu 372 km de linhas e mais cinco estações telegráficas. Foi possível também, conciliar os trabalhos da construção da ferrovia Madeira-Moré com os de integração telegráfica da Roraima na inauguração da estação telegráfica de Santo Antônio do Madeira, onde finalizou seu trabalho. Um fator um tanto negativo em suas construções era o grande desmatamento, necessário para a implantação das linhas nesta época; mas que hoje nos dão uma noção do que foi perdido.
Para se ter uma ideia de sua contribuição, foi o responsável por liderar a construção da primeira linha a passar pela região Amazônica, com a comissão que teve o seu próprio nome, a Comissão Rondon. Com esta, ele construiu 372 km de linhas e mais cinco estações telegráficas. Foi possível também, conciliar os trabalhos da construção da ferrovia Madeira-Moré com os de integração telegráfica da Roraima na inauguração da estação telegráfica de Santo Antônio do Madeira, onde finalizou seu trabalho. Um fator um tanto negativo em suas construções era o grande desmatamento, necessário para a implantação das linhas nesta época; mas que hoje nos dão uma noção do que foi perdido.
Um aspecto relevante, que fez crescer a admiração por Cândido Rondon, é que ele mantinha relações cordiais com várias tribos indígenas, jamais se impondo à elas. Portanto, ao mesmo tempo que abria caminhos para a comunicação, valorizava cultura; respeitava os índios (mesmo após ter sido ferido gravemente por uma flecha, lançada por uma tribo). Teve um papel importante na catequização dos mesmos e foi referência para a criação do Serviço de Proteção ao Índio (SPI). Além disso, era defensor nato do povoado do sertão, tanto quanto a favor da expansão do Oeste brasileiro e sua maior participação na economia do país. Em defesa destes ideais tornou-se colaborador de Getúlio Vargas; após ter saído da prisão decorrente da tomada de poder do próprio Getúlio, pela Revolução de 30. Rondon também ingressou na Igreja Positivista em 1898, por identificar com suas proposições.
Depois de ser considerado, por que não dizer, o responsável pelo avanço da telegrafia brasileira, de ter dado o exemplo na relação com os índios e ser indicado ao prêmio nobel da paz; Cândido Rondon morre, aos 92 anos, no Rio de Janeiro. Deixando como legado muito mais do que ligações de telegráficas e sim, ligações entre diferentes culturas; até então isoladas do Brasil.
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