quarta-feira, 30 de março de 2011

O Papel Nosso de Cada Dia

      Quando falamos em papel é inevitável não relacioná-lo com a escrita, mas o que não paramos para pensar é onde o homem registrava sua história antes do surgimento dele. Pois é foram muitos os locais, desde as antigas pedras até a atual memória de computador; mas os que merecem destaque pela sua enorme difusão são o papiro, o pergaminho e é claro, o papel.
      O papiro veio antes, utlizado pelos egípcios desde a alta antiguidade e posteriormente foi levado para a Europa e Ásia.  De origem vegetal, o caule era cortado longitudinalmente e desdobrado em tiras que, através de várias sobreposições e secas ao sol estavam prontas para receber a escrita, através de talos vegetais. O pergaminho surgiu depois e teve sua origem relacionada com um "conflito" entre o Rei de Pérgamo e os faraós egípcios. Êumenes, o rei de Pérgamo, queria atrair o principal poeta da Biblioteca de Alexandria para a cidade, fato que se mostrou como uma ameaça a supremacia do Egito e seus poderosos faraós, que proíbiram a venda de papiro para a cidade.  Êumenes, então, expandiu sua biblioteca utilizando-se de peles de animais - principalmente carneiros - que tinham a vantagem de durarem mais, apesar de seu custo ser mais elevado. Neste momento, segundo o autor, a escrita em peles de animais recebeu um nome e aumentou sua difusão pela Europa. Contudo, esta escrita já era bastante comum antes mesmo do século II a.C, o que não interfere na importância de Êumenes neste processo; já que pode-se dizer que o pergaminho difundiu-se e substituiu o papiro quando o bloqueio árabe do Mediterrâneo fez com que o mesmo praticamente desaparecesse do continente.      
      Segundo Antonio Costella no capítulo II de seu livro "Comunicação - do grito ao Satélite" os grandes inventores do tão indispensável papel foram os chineses. Por volta de 105 d.C Tsai-Loun teria apresentado ao Imperador um novo material para escrita, feito a partir de cascas de árvores, trapos e cânhamo. Inicialmente o papel e o tecido era usados igualmente na China devido, principalmente, às semelhanças quanto as matérias-primas empregadas na fabricação dos dois. Mesmo após comprovado que o primeiro papel que se tem notícia na história foi encontrado em uma tumba chinesa perto do século II a.C; a Tsai-Loun coube o mérito de aprimorar esta invenção.

         Após sua descoberta , o papel expandiu-se rapidamente pelo Oriente e Ocidente, em ambos a sequência de vir primeiro o comércio e bem depois sua fabricação prevaleceu. A primeira fábrica de papel, segundo uma lenda, foi montada no Uzbequistão após a derrota chinesa para os árabes e obteve grande sucesso devido a abundância de linho e cânhamo. Apesar de estar escassa de materiais para a escrita, a Europa demonstrou resistência na aceitação do papel, (fato que explica a demora na sua utilização por parte de todos os países europeus;)  alegando que o papel era muito frágil e não confiável. Na verdade esta demora tratava-se de um preconceito,  pois o papel teria chegado na Europa pelas mãos dos árabes e judeus, inimigos religiosos dos europeus em uma época marcada pelo fanatismo cristão. Ao longo dos anos, com o barateamento e o aumento de sua qualidade, o papel ganhou cada vez mais adeptos,  principalmente após o surgimento da tipografia e o início dos tão popularizados jornais impressos.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Jornal...Simplesmente Jornal

      Tanto se fala em jornal desde tipografado, manuscrito, até os de rádio, televisão e as informações da própria internet,.. mas afinal como podemos definir jornal? Para Antonio Costella autor do livro "Comunicação - do Grito ao Satélite", trata-se de "Toda e qualquer publicação dotada de atualidade, periodicidade e variedade de matéria pouco importando seja ela tipografada ou não, seja impressa ou não.", ou seja, não importa a maneira como esta publicação chega às pessoas, o importante é que a faça de maneira contínua e atual. Neste livro percebemos que desde a época em que o homem desenhava nas paredes houve uma necessidade de se comunicar e informar a realidade na qual vivia e que esta necessidade foi aumentando com o passar dos tempos.     
      Embora a data que marque o sugimento do jornal seja o ano de 1600,  é preciso deixar claro que ela refere-se ao início do jornal impresso e não do início da utilização deste importante meio de comunicação; que apenas ganhou vazão após o uso da tipografia.Os primeiros jornais eram feitos manualmente, (as chamadas gazetas manuscritas) feitas por  pessoas comuns e não por jornalistas. Como exemplo que o jornal existia independente da utilizaçao da tipografia, temos o Jornal do Poste de São João Del Rei -MG, um periódico datilografado distribuído diariamente pelas placas dos locais mais movimentados e que logo popularizou-se com várias edições diárias e até anunciantes. Outro exemplo são os antigos Murais Romanos, que destacaram o povo na criação do jornal. Por meio destes as pessoas eram informadas desde os acontecimentos político-religiosos até os mais inusitados que marcavam aquele local, já que essas informações espalhavam-se entre as pessoas e com o tempo passaram a tratar de assuntos variados. 
        Hoje podemos notar uma certa semelhança entre os Murais Romanos com os blogs e os diferentes sites da internet, (que mesmo ganhando cada vez mais adeptos não tiram a credibilidade do jornal) marcados por uma comunicação periódica, atual e com variedade de conteúdo onde percebemos que há diferentes formas de se comunicar e que não é necessário ser um jornalista para informar.

terça-feira, 8 de março de 2011

“2001 Uma Odisséia no Espaço” e Tecnologia da Comunicação

No filme “2001 Uma Odisséia no Espaço” do cineasta Stanley Kubrick, podemos perceber que há uma relação entre comunicação e tecnologia. A comunicação mostra-se através de gritos e sinais, entre dois grupos de hominídeos que disputavam território entre si; enfatizando a descoberta de um instrumento (osso), que começou a ser usado pelos integrantes de um gupo como uma arma; possibilitando a vitória dos mesmos sobre os rivais. O instrumeto pode ser comparado a uma tecnologia, que representava o poder sobre o outro e a sua utilização por grande parte do grupo como uma boa comunicação entre eles. 



 

A Evolução dos Meios de Comunicação

          Desde a antiguidade o homem vem criando diferentes meios de se comunicar; para isso utilizou-se de várias linguagens ao longo dos tempos, como por exemplo, linguagens corporais, escritas, sonoras e audiovisuais.
           No início a comunicação dava-se através de gritos e gestos e era essencial na luta pela sobrevivência. Depois vieram os desenhos nas paredes que marcaram o período pré-histórico e procuravam descrever a vida, os hábitos e os medos  dos primeiros habitantes. Mas a escrita, propriamente dita, surgiu em placas de barro, a chamada escrita cuneifome, e posteriormente o papiro começou a ser utilizado pelos egípcios. Com o passar dos anos a telegrafia e o famoso Código Morse (utilizado hoje um dia por alguns navios) ganhavam um grande número de adeptos e só seriam substituídos, mais tarde, por outro importante meio comunicação a distância, o telefone.
         Quando falamos em comunicação não podemos deixar de lembrar dos primeiros programas de rádio e televisão (aquelas em preto e branco) , que desde sua criação tinham por objetivo informar e entreter uma grande parte da população. Com a evolução dos meios de comunicação o homem criou uma de suas maiores invenções: o computador; e com ele as tecnologias avançaram cada vez mais; começavam a aparecer os disquetes, os cds.. até chegar no domínio da comunicação por parte da internet e suas redes sociais, cada vez mais presentes na sociedade atual.